2007 tinha sido o ano de todas as esperanças; no fim de 2006 tínhamos consulta marcada para acerto (o que seria??) e em 2007 foi a primeira vez de tudo: das grandes e desmesuradas esperanças e das grandes e incalculáveis perdas.
Por causa de problemas e atrasos e esperas 2008 foi o ano da repetição de algumas coisas: repetição do tratamento hormonal para punção ovárica e repetição de transferência embrionária.
No entanto 2008 foi também um ano de experimentação de emoções e vivências diferentes em relação a todo este processo.
Foi em 2008 que o meu organismo hiper-reagiu e fiz uma hiper-estimulação ovárica que me valeu 15 dias em casa com recomendações de repouso absoluto e ingestão de muitas proteínas.
Por causa desta hiper-estimulação os nossos embriões foram congelados, alguns perderam-se entretanto.
Por causa desta hiper-estimulação fiquei desregulada hormonalmente e só pude fazer a transferência uns 4 para 5 meses depois, em finais de Julho / inícios de Agosto.
A soma dos custos de toda esta "brincadeira", contabilizando os indirectos, vai para perto (se é que não ultrapassa) os 2000€.
Em tom de "pensar alto", pergunto-me quantos pais cujos filhos já existem e estão nos braços deles e os podem beijar e mimar têm 2000 euros para lhes comprar coisas.
Digo muitas vezes que já gastei mais com os meus filhos que não posso abraçar porque não existem mais do que alguns pais gastam uma vida inteira.
Mas eu szei, não posso pensar assim, é injusto. Mas penso.
Em Setembro fomos avisados que todo o processo ia ser obrigatoriamente interrompido por causa de umas obras na FIV que deveriam ter terminado em Novembro. Qual quê... "Telefonem em Janeiro". E em Janeiro estamos.
2008 chegou ao fim. Foi um ano emotivo, foi um ano duro, foi mais um ano de aprendizagens. E neste processo nunca sabemos tudo. Nunca estamos preparados para nada. Nem para o recomeço.
Por causa de problemas e atrasos e esperas 2008 foi o ano da repetição de algumas coisas: repetição do tratamento hormonal para punção ovárica e repetição de transferência embrionária.
No entanto 2008 foi também um ano de experimentação de emoções e vivências diferentes em relação a todo este processo.
Foi em 2008 que o meu organismo hiper-reagiu e fiz uma hiper-estimulação ovárica que me valeu 15 dias em casa com recomendações de repouso absoluto e ingestão de muitas proteínas.
Por causa desta hiper-estimulação os nossos embriões foram congelados, alguns perderam-se entretanto.
Por causa desta hiper-estimulação fiquei desregulada hormonalmente e só pude fazer a transferência uns 4 para 5 meses depois, em finais de Julho / inícios de Agosto.
A soma dos custos de toda esta "brincadeira", contabilizando os indirectos, vai para perto (se é que não ultrapassa) os 2000€.
Em tom de "pensar alto", pergunto-me quantos pais cujos filhos já existem e estão nos braços deles e os podem beijar e mimar têm 2000 euros para lhes comprar coisas.
Digo muitas vezes que já gastei mais com os meus filhos que não posso abraçar porque não existem mais do que alguns pais gastam uma vida inteira.
Mas eu szei, não posso pensar assim, é injusto. Mas penso.
Em Setembro fomos avisados que todo o processo ia ser obrigatoriamente interrompido por causa de umas obras na FIV que deveriam ter terminado em Novembro. Qual quê... "Telefonem em Janeiro". E em Janeiro estamos.
2008 chegou ao fim. Foi um ano emotivo, foi um ano duro, foi mais um ano de aprendizagens. E neste processo nunca sabemos tudo. Nunca estamos preparados para nada. Nem para o recomeço.