10 agosto 2007

Mais objectivamente:

Depois de fecundado, o zigoto (ou blastocisto, entre outros) instala-se confortavelmente no útero e agarra-se a ele como se a vida dele dependesse disso. E na realidade até depende.

Se o ovário já produzia progesterona para ajudar à nidação, depois da nidação (processo em que o zigotinho se agarra com unhas e dentes ao útero) a placenta, que se começa logo a formar, começa a produzir gonadotrofina coriónica, a tal "HCG", a tal que só as grávidas produzem. Grávidas, leia-se, as que além de terem tido o seu óvulozinho fecundado ainda tiveram o prazer e a benção de o ter nidado.

Na HCG há uma componente, a β-HCG, que ainda não descobri exactamente porquê é a analisada, e cuja presença indica gravidez (pois claro). Há valores considerados "mínimos" para que se possa dizer que se está perante uma gravidez evolutiva, ou seja, que tem "pernas para andar".

É este o caso. Tenho valores de β-HCG baixos. Mas, como diz a Tita, estão lá. E se estão lá é porque há placenta e se há placenta é porque há gravidez e os meus biõezinhos (desejo muito que tenham sido os dois apesar de, devido aos valores serem baixos, desconfiar que só vingou um) agarraram-se a mim com toda a força.

Se correr tudo bem, ou seja, se eu não perder estes biõezinhos, 2ª feira os valores de β-HCG estarão mais altos ainda e já se pode afirmar com certeza que sim, a transferência embrionária foi um sucesso!