28 junho 2007

Porque é que é a Ela a fazer os tratamentos?

Com a explicação do que vai acontecer pode ser que seja fácil perceber porque é que a Ela é que está sujeita aos tratamentos.

Para que haja fecundação é necessário um óvulo e um espermatozoide, certo?

Para a obtenção do espermatozoide a coisa até que se faz de modo simples e tradicional. Mas e para a obtenção do óvulo? O acesso a ele é um pouco mais difícil e a quantidade que é produzida pela mulher é muito reduzida.

E qual a importância da quantidade? Porque para que as hipóteses de sucesso do tratamento sejam maiores não se vai transferir apenas um embrião mas sim entre 2 a 3. Logo aqui seriam necessários mais que um óvulo. As mulheres libertam apenas um por mês, em condições ditas normais.

Por outro lado, há uma grande percentagem de óvulos e/ou embriões que ficam "inutilizados" (a palavra é muito feia mas transmite a ideia) durante os vários processos a que são sujeitos até serem transferidos propriamente ditos. Por isso é conveniente que seja feita a recolha de o máximo possível de óvulos para que sejam fecundados o máximo possível para que pelo menos um tenha sucesso.

Se a mulher liberta em condições normais um óvulo é necessário então um estímulo para que sejam produzidos mais que um... mais que muitos.
O tratamento hormonal que vou fazer serve exactamente para isso: estimular a produção e maturação de vários óvulos.