21 julho 2007

A lógica do tratamento

Consegui compilar uma série de informação para que seja mais compreensível o tratamento hormonal: o porquê de ser eu, o que faz o Decapeptyl e o que faz o Gonal F.

Para que compreendam, deixo aqui os seguintes conceitos:

Hormona (do grego hormáo, excitar): substância química produzida pelas glândulas endócrinas, lançada no sangue, que a transporta até às células sobre as quais vai actuar.

Glândula (do latim glandula): órgão cuja função é produzir uma secreção orgânica.

Gonadotropina: hormonas libertadas pela hipófise. Estão incluídas a hormona luteinizante (LH) e a hormona foliculoestimulante (FSH). Chamam-se gonadotropinas por actuarem nas gónadas ou glândulas sexuais (na mulher os ovários, no homem os testículos).

O objectivo desta fase do tratamento não é conseguir uma gravidez mas sim conseguir uma produção em massa de óvulos, contrariando o ciclo natural feminino em que mensalmente é libertado um óvulo só.

A necessidade de uma ovulação múltipla resulta de não só da fecundação ir ser feita em massa (sendo uma fecundação "artificial" é mais "rentável" a fecundação de vários gâmetas, seja em tempo, em dinheiro e especialmente em hipóteses de sucesso) como também do conhecimento prévio de que a) nem todos os óvulos estão "capazes" de serem fecundados; b) muitos óvulos não resistem na fase de fecundação; c) nem todos os zigotos (célula resultante da fecundação) sobrevivem e passam a embriões; d) nem todos os embriões sobrevivem para serem transferidos; e) nem todos os embriões, após congelação, estão aptos para serem transferidos.

Há muitos factores a contar para o sucesso de todo este processo, a maioria externos.

Para já, o meu papel é ser pontual às 8h da manhã e às 21h.